Ao
dizer uma sentença simples, podemos ter a certeza que ela é
inteligível, mas a compreensão está no outro que nos ouve e aquilo
que é facilmente compreensível para nós pode ser incompreensível
para outros.
Uma
pessoa que não se interessa tanto por madeira pode simplesmente
dizer a outra:
-Pegue
esse pau, que está logo aí, por favor.
A
ordem pode ser muito bem compreendida pela outra pessoa como também
pode causar certa confusão (ruído na mensagem). Pau é uma palavra
muito imprecisa. Para quem conhece um pouco sobre sobre madeira, cada
formato de madeira tem um nome característico, como: tábua, viga,
caibro e assim por diante. Se o ouvinte fosse alguém que conhecesse
um pouco sobre madeira a mensagem causaria certo estranhamento pela
falta de clareza, o contrário também causaria. Imagine a ordem
sendo dita a quem não conhece nada sobre madeira:
-Pegue
aquele sarrafo, logo ali, por favor.
A
pessoa talvez pensasse:
-Sarrafo,
o que é isso? É aquele pau logo ali?
Notamos
que a clareza é relativa àquele que fala e seus ouvintes. É
possível ser claro e facilmente compreendido, por se acrescentar
adjetivos aos objetos ao serem referenciados, isso, quando não é
exagerado, torna a sentença mais suave. Imagine que algum conhecedor
de madeira peça para outra pessoa que nada sabe sobre madeira:
-Por
favor, pegue aquele sarrafo de madeira escura próximo a porta.
A
ordem foi alterada para uma exortação fácil de ser compreendida
pela outra pessoa, seja conhecedora de madeira ou não.
Vivemos
num mundo com tanta tecnologia para facilitar a comunicação, mas ao
mesmo tempo a comunicação ainda é um grande desafio, um desafio
para qualquer pessoa.